Projeto do PROADI-SUS estuda a prevalência do HPV na população brasileira e sua associação com outras doenças

Projeto do PROADI-SUS estuda a prevalência do HPV na população brasileira e sua associação com outras doenças Projeto do PROADI-SUS estuda a prevalência do HPV na população brasileira e sua associação com outras doenças

O dia 4 de março é o Dia da Conscientização do HPV (Papilomavírus Humano), infecção sexualmente transmissível que incide em homens e mulheres em todo o mundo. Desde 2014, a vacinação contra o HPV é disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A campanha foca na faixa etária dos nove aos 14 anos, com o objetivo de prevenir a disseminação dessa infecção.

A doença pode permanecer latente por anos, se manifestando quando há uma diminuição na resistência do corpo, podendo provocar verrugas anogenitais e causar alguns tipos de câncer – colo de útero, pênis, ânus, vulva e até cabeça e pescoço. A maioria das infecções em mulheres adolescentes tem resolução espontânea, e desaparecem em um período de até 24 meses.

Além de crianças e adolescentes, a vacinação também está disponível para o público de até 26 anos com imunidade baixa, como pessoas vivendo com HIV, transplantados de órgão sólidos, medula óssea e pacientes oncológicos de 9 a 26 anos de idade.

Com o objetivo de avaliar o impacto da vacinação por HPV e fortalecer a política de vacinação no Brasil, o Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre, coordena o “Estudo Epidemiológico Sobre a Prevalência Nacional de Infecção pelo HPV” realizado por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde, o PROADI-SUS.

O projeto lidera três estudos epidemiológicos: o POP-Brasil, que monitora o impacto da vacinação contra o vírus, o SMESH, que monitora a prevalência de HPV em populações de alto risco, e o STOP-HPV, que avalia a associação de HPV e câncer de cabeça e pescoço.

Os resultados do projeto vão ajudar a direcionar as políticas de combate ao HPV no Brasil, além de fortalecer o controle do câncer de colo de útero, câncer de cabeça de pescoço e de outras patologias associadas ao HPV.

Durante o primeiro período do projeto, entre 2015 e 2017, foram recrutados mais de 8.500 participantes de todas as capitais do país. A coleta teve a participação de mais de 150 profissionais, de 119 Unidades Básicas de Saúde e um centro de testagem, que foram capacitados para colaborar na coleta de dados do estudo POP-Brasil.

O estudo mostrou que cerca de 50% da população jovem usuária do SUS está infectada com HPV genital. Entre 2018 e 2020, uma nova avaliação está em andamento para avaliar o impacto da vacinação contra o HPV após 6 anos da introdução da vacina no Sistema Único de Saúde, além de avaliar a frequência de infeção na cavidade oral.

Essa é mais uma iniciativa que busca fortalecer o SUS por meio da geração de dados que embasarão políticas públicas de combate ao HPV o câncer de colo uterino em todo o Brasil.

 



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