Projeto estuda o impacto do uso da telemedicina em Unidades de Terapia Intensiva

Projeto estuda o impacto do uso da telemedicina em Unidades de Terapia Intensiva Projeto estuda o impacto do uso da telemedicina em Unidades de Terapia Intensiva
No Brasil, a quantidade de médicos intensivistas é pequena e mal distribuída, tendo sua concentração em grandes cidades. Além disso, a demanda por cuidados a pacientes graves – que já estava aumentando conforme o passar do tempo – aumentou ainda mais com a pandemia da COVID-19, tornando necessário aumentar os serviços do Sistema Único de Saúde que atendem esses casos.

Com o objetivo de estudar os impactos do uso da telemedicina em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), surge o projeto Telescope Trial, coordenado pelo Hospital Israelita Albert Einstein. A pesquisa está avaliando 30 UTIs, nas quais 15 receberão o cuidado de médicos intensivistas, via telemedicina, enquanto as outras 15 permanecerão com o mesmo protocolo de cuidados.

Ao final do estudo, serão definidos quais os impactos da presença do profissional no tratamento dos pacientes e se houve uma melhora percentual nos casos consultados, em comparação aos grupos que mantiveram os mesmos protocolos.

Caso o resultado das UTIs acompanhadas seja positivo, o estudo poderá provocar uma nova discussão sobre as formas alternativas de atuação dos médicos intensivistas, além de corroborar para o uso da telemedicina, a fim de diminuir os vazios assistenciais que existem no Brasil.

O projeto também está construindo um painel de indicadores de qualidade para cada um dos hospitais participantes. Para avaliar o desempenho e a evolução, são feitas reuniões mensais entre médicos e gestores, nas quais são avaliados os 25 indicadores são coletados.

Reforço no combate à pandemia
Uma prática já existente, mas reforçada com a chegada da COVID-19, foi o compartilhamento de diretrizes de atendimento de pacientes graves, com as 30 UTIs participantes do projeto. A fim de facilitar a disseminação dessas informações e consolidar em um só lugar materiais de confiança e qualidade, a equipe do Hospital Israelita Albert Einstein também está desenvolvendo um aplicativo para servir de recipiente a essas informações.


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