Apesar da evidência de que o tratamento especializado das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) reduz a mortalidade, muitas unidades no Brasil carecem de médicos especialistas, sendo assistidas por profissionais que não têm a formação adequada. O problema de escassez de especialistas está presente tanto na terapia intensiva adulta, quanto na pediátrica e neonatal.
Um recente levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) reafirma a má distribuição de leitos de UTI, equipamentos médicos e equipes assistenciais no Brasil. Além disso, diversos estudos apontam para melhores resultados em indicadores assistenciais em unidades que contam com uma equipe de intensivistas com formação específica e qualificada.
Nesse sentido, uma das soluções para compensar a falta de intensivistas é o uso da telemedicina para apoiar as equipes generalistas. Ou seja, os médicos e equipes assistenciais sem formação específica podem ser apoiados por profissionais especializados à distância. Nesse modelo, todos os pacientes internados podem ser discutidos diariamente com um intensivista, além de uma equipe multidisciplinar sob demanda, em um modelo chamado de telerround.
Já rotineiramente oferecida em países mais desenvolvidos, a telemedicina tem se destacado como uma importante ferramenta para viabilizar a oferta de serviços em saúde, bem como educação, treinamento e apoio clínico aos profissionais da área em casos em que a distância é um fator crítico. A teleducação em UTI nos EUA, exemplificada por discussão de condutas baseadas nas melhores evidências científicas, demonstrou que esta solução desenvolve capacidades técnicas dos profissionais, aumenta a discussão sobre o cuidado intensivo, auxilia na redução de custos e propicia melhores desfechos dos pacientes. Outra vantagem está relacionada à possibilidade de um médico especialista remoto acompanhar mais de uma unidade, reduzindo custos e ampliando a assistência.
O Brasil é um país que oferece oportunidades para o desenvolvimento e as aplicações da telemedicina. Sua grande extensão territorial, milhares de locais isolados e de difícil acesso, distribuição desigual de recursos médicos de boa qualidade, entre outros aspectos que vêm desafiando a efetivação do direito à saúde universal, integral e equânime, evidenciam a existência de um grande potencial de expansão da telemedicina no país.
A iniciativa pretende otimizar o gerenciamento de leitos por meio da abordagem multiprofissional e acompanhamento horizontal do paciente, buscando a melhora de desfechos clínicos, bem como tempo de internação, tempo de ventilação mecânica e morbimortalidade. Adicionalmente, contribui com o uso racional dos recursos públicos e a redução de desperdícios financeiros no Sistema Único de Saúde (SUS), permitindo o acesso de mais pacientes aos leitos e aumentando sua segurança.
Para isso, o TeleUTI irá implantar o modelo de telerrounds e educação continuada em leitos de UTI adulto, objetivando a classificação da triagem segundo critério da Associação de Medicina de Terapia Intensiva e apoio a decisões bioéticas, manejo da sedo-analgesia com o que estiver disponível por instituição e manejo do suporte ventilatório, além de desenvolver habilidades nas equipes estimulando a implantação de protocolos e linhas de cuidado de UTI, baseados nas melhores práticas, otimizando sistemas e processos de trabalho.
O projeto também promoverá capacitações com o corpo técnico dos hospitais participantes para que se transformem em multiplicadores do processo de TeleUTI, além de produzir relatórios com os resultados obtidos a partir dos estudos realizados.
Para o usuário do SUS, o projeto pretende impactar na qualidade de atendimento das unidades de terapia intensiva participantes, aumentando a satisfação das famílias envolvidas. Outro benefício é a elaboração de uma plataforma colaborativa com a participação de mais três entidades de saúde de reconhecida excelência, possibilitando maior capilaridade, maior impacto e divulgação dos resultados por meio da virtualização do projeto.
Objetivos do Plano Nacional de Saúde aos quais o projeto se vincula:
Políticas públicas vinculadas:
O projeto prevê as seguintes atividades:
Áreas de atuação do projeto:
Seleção, definição e estruturação de Unidades de Terapia Intensivas Adulto para a participação no projeto, com capacidade para atender até 160 leitos/dia. Consiste em um levantamento das UTIs a partir do cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde (CNES) e diagnóstico das unidades candidatas por meio da aplicação de questionário específico. As unidades serão incluídas no projeto pela indicação dos gestores estaduais e/ou municipais e com a anuência do Ministério da Saúde. Serão determinados, além de critérios de admissão no projeto, critérios de desligamento das UTIs remotas conforme a adesão e engajamento da equipe.
A intervenção se dará pela aplicação de um modelo de telerround diário que consiste na avaliação, pela equipe médica, de todos os pacientes internados nos leitos de UTIA participantes, com apoio de equipamento disponibilizado para as unidades. Ainda, poderão ser ofertados atendimentos de especialistas médicos ou equipe multidisciplinar conforme a demanda identificada.
Como ação emergencial de enfrentamento à Covid-19, os hospitais PROADI-SUS também atuam, por meio da telemedicina, em UTIA com foco nos pacientes diagnosticados. As unidades selecionadas para participar dessa ação serão demandadas pelas Secretarias Estaduais ou Municipais e pelo Ministério da Saúde. A ação emergencial será executada enquanto durar a pandemia, porém, pode ser descontinuada por determinação de encerramento prévio pelo Ministério da Saúde.
As atividades de educação permanente têm o propósito de sistematizar o cuidado em casos críticos, aumentar a qualidade do atendimento e melhorar a segurança dos pacientes, garantindo assim a sustentabilidade do projeto após seu encerramento.
Essas atividades serão conduzidas por meio de:
Critérios de inclusão de centros remotos:
Critérios de exclusão:
Principais entregas do projeto:
Rodrigo Olyntho De Almeida
Lider Operacional Enfermeira: Priscila Barbosa Ferreira Lenzi
Coordenador Medico: Roger Lima Vieira
Especialista de Projetos: Nutricionista: Juliana de Carvalho Prado
Especialista de Projetos: Fisioterapeuta: Emelli da Silva Comenalle
Especialista de Projetos: Enfermagem: Roselene Aparecida Araujo
Especialista de Projetos: Enfermagem: Maria Clara Soares Ribeiro
Farmaceutico
Piscicolaga
Assistente Social
Educação Continuada
Medicos especiliastas (Cardiologista,Neurologista, SCIH)
Unidade de Terapia Intessiva
Liderança
Nidia Cristina de Souza - Gerente de escritório de projetos
Simone Rodrigues Faria - Coordenadora de Projetos
Bruno Tavares - Médico infectologista/ Liderança médica
Wladimir Garcia - Analista de Ensino/ Fisioterapeuta
Fernanda de Freitas Paganoti - Analista de Ensino/ Fisioterapeuta
Gustavo Martignago - Analista de Ensino/ Fisioterapeuta
Natalia Ribeiro Berdu - Analista de Ensino/ Fisioterapeuta
Nayara Fernanda Rutes - Enfermeira
Marília Ferrari Pereira - Enfermeira
Angélica Carvalho de Araújo - Assistente Administrativa
Carlos Augusto Pereira de Almeida - Médico intensivista
Henrique Palomba - Médico intensivista
José Victor Gomes Costa - Médico intensivista
Joseane Martin - Médico intensivista
Juliana Pitorri da Paz - Médico intensivista
Luciana Andrade - Médico intensivista
Pedro Bribean Rogovschi- Médico intensivista
Raimundo Jenner Paraíso Pessoa Junior - Médico intensivista
Ralf Zaparoli - Médico intensivista
Andreza Pivatto Hamada - PMO
Secretaria de Atenção Especializada à Saúde - SAES
Departamento de Atenção Hospitalar, Domiciliar e de Urgência - DAHU
Liderança
Liderança