Resumo

Indicado para pacientes com doenças do sangue, como leucemia, linfomas e alguns tipos de anemia, o transplante de medula óssea (TMO) é um tratamento que consiste na substituição de células doentes ou deficitárias por outras normais, com o objetivo de reconstituir uma medula saudável. O transplante pode ser autogênico, quando a medula vem do próprio paciente, ou alogênico, quando vem de um doador. O procedimento também pode ser feito a partir de células precursoras da medula óssea, obtidas do sangue circulante de um doador ou do sangue de cordão umbilical do paciente.

No entanto, a chance de encontrar doadores compatíveis no Brasil é de uma em cem mil. Apesar de ter quase 5 milhões de doadores voluntários cadastrados no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME), segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil realiza, anualmente, uma média de apenas 300 transplantes com doadores não aparentados, que representam cerca de 25% dos transplantes alogênicos. Nos Estados Unidos este percentual é de cerca de 50%.

A subutilização do grande contingente de doadores brasileiros no REDOME também pode ser decorrente de barreiras como infraestrutura e capacitação dos centros transplantadores. Um dado que sustenta essa conclusão é que 56% dos transplantes alogênicos realizados no país em 2020 foram feitos no estado de São Paulo, segundo a ABTO, o que reforça a heterogeneidade de condições entre as diversas regiões e estados do país.

Diante desse cenário, a ampliação dos leitos para Transplante de Células Tronco Hematopoiéticas (TCTH) é uma preocupação do Ministério da Saúde, razão pela qual, em 2014, foi publicada uma portaria visando investir mais de R$ 200 mil para cada novo leito aberto para transplante alogênico pelo Sistema Único de Saúde (SUS).


Introdução

Com base neste contexto, a iniciativa tem como foco ampliar o acesso de pacientes que necessitam de TCTH em doenças oncohematológicas (alogênicos aparentados, não aparentados e haploidênticos) para todas as regiões do Brasil.

A ação está inserida no escopo de trabalho do projeto Transplantes, também realizado pelo Einstein no âmbito do PROADI-SUS desde 2009, que busca ampliar este acesso para transplantes de órgãos sólidos nas modalidades simples e duplos (fígado, rim, multivisceral, intestino, coração, pulmão), além de capacitar profissionais do SUS.


Métodos

Serão realizados 40 transplantes alogênicos de medula óssea ou outros precursores hematopoiéticos em pacientes adultos e pediátricos do SUS, sob regulação da Central Nacional de Transplantes da Coordenação Geral do Sistema Nacional de Transplantes (CNT/CGSNT/DAET/SAES/MS). O projeto tem abrangência nacional, ou seja, pacientes de qualquer estado do Brasil podem participar, sem restrições. Com isso, os centros que não tem unidade de TMO e que atendem pacientes do SUS passarão a ter mais uma opção para onde enviar seus pacientes.

A estimativa é que todos os transplantes sejam realizados até o próximo ano: 25 em 2022 e 15 em 2023. A equipe médica que realizará transplantes de medula é a cadastrada junto ao SNT sob responsabilidade técnica do Dr. Nelson Hamerschlak.


Resultados

Principais Resultados TMO (transplante de medula óssea): 

  • 37 pacientes (24 adultos e 13 crianças) realizaram transplante de medula óssea em decorrência a doenças oncohematológicas.

  • Equipe

    • Beneficência Portuguesa de São Paulo

      Liderança

      Beneficência Portuguesa de São Paulo


      Equipe
      Beneficência Portuguesa de São Paulo
      Colaboração

      Área Técnica

    Indicadores

    40
    Quantidade de atendimentos
    planejados
    38
    Quantidade de atendimentos
    realizados

    Instituições

    • São Paulo

      hospital israelita albert einstein

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