Resumo

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer colorretal (ou câncer de intestino) é o terceiro mais incidente na população brasileira. São aproximadamente 40 mil novos casos diagnosticados por ano, entre homens e mulheres. Mantida essa tendência, a estimativa é que até 2030 o número de casos aumente três vezes em com isso, os gastos do SUS com esta patologia aumentem 88%, chegando a R$ 1 bilhão por ano. De acordo com o INCA, quase 30% destes casos podem ser evitados com alimentação saudável, prática de atividades físicas e abandono de bebidas alcoólicas.

Em pacientes com câncer de reto não-metastático, o tratamento envolve radioterapia, cirurgia e quimioterapia e a taxa de cura é de cerca de 70%. Contudo, cerca de 30% dos pacientes necessitam de colostomia definitiva como resultado da cirurgia, com impacto importante nos custos para o SUS e na qualidade de vida. 

No momento da cirurgia, cerca de 20% dos casos têm resposta patológica completa, ou seja,  descobre-se que o tumor foi completamente tratado com a quimio-radioterapia e, por isso, não necessitaria de cirurgia. O projeto TNT busca aumentar estas taxas ao fazer um tratamento mais intensivo. O objetivo é atingir 40% de respostas completas, evitando cirurgias e, com isso, colostomias.


Introdução

Este é um estudo randomizado, no qual pacientes com câncer de reto do SUS receberão o tratamento-padrão, com quimioradioterapia seguida de cirurgia e de quimioterapia adjuvante (feita após a cirurgia) ou à estratégia TNT (tratamento neoadjuvante total), que consiste da realização de uma quimioterapia altamente ativa, conhecida como FOLFIRINOX, logo após a radioterapia e antes da avaliação para a cirurgia.

A iniciativa também vai possibilitar o atendimento de 150 pacientes com câncer colorretal, que estão no SUS, por meio do Sistema SIGA Saúde de São Paulo, com o tratamento padrão associado ao tratamento inovador em fase experimental.


Métodos

Após a realização da radioterapia, que é o padrão no SUS para estes pacientes, os participantes da pesquisa são alocados em 1 de dois grupos: o de tratamento padrào, no qual serão reavaliados 3 meses após a radioterapia e operados; e o grupo TNT, no qual receberão quimioterapia com o esquema FOLFIRINOX por 4 doses nestes periodo de 3 meses até a reavaliação. Nos 2 grupos os pacientes serão avaliados com 12 semanas do término da radioterapia. Aqueles com tumor residual serão operados; os com resposta completa serão mantidos em observação ativa (ou watch and wait em inglês).

Os critérios de inclusão são:

  • Ser maior de 18 anos;
  • Adenocarcinoma de reto confirmado por biópsia;
  • Estádio T3-4NxM0 ou TXN1-2M0;
  • Função hepática adequada (bilirrubina total <= 4.0);
  • Função renal adequada (clearance de creatinina >= 30ml/m2/min);
  • Função medular adequada (plaquetas >= 90.000, hemoglobina >= 8.0 mg/dl, neutrófilos > = 1.500 células/cm3);
  • Performance status ECOG 0, 1, 2 (paciente permanece menos de 50% do tempo acamado ou sentado).
  • Critérios de exclusão:

  • Ressecção do tumor,
  • Quimioterapia prévia
  • Expectativa de vida inferior a 6 meses;
  • Dificuldade de locomoção;
  • Tumor obstrutivo com necessidade de cirurgia de urgência;
  • Avaliação clínica pré-operatória identificando risco excessivo de complicações cirúrgicas.

    Equipe

    • Hospital Israelita Albert Einstein

      Liderança

      Diogo Bugano Diniz Gomes - Hospital Israelita Albert Einstein - Lattes

      Vanessa Montes Santos - Hospital Israelita Abert Einstein - Lattes


      Equipe

      Leticia Oliveira Brito - Hospital Israelita Albert Einstein - LinkedIn 

       


      Colaboração

      Hospital de  Amor - Barretos - SP

       
      Área Técnica

      Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos - SCTIE - Ministério da Saúde


    Indicadores

    1635
    Quantidade de atendimentos
    realizados
    8
    Quantidade de profissionais
    envolvidos em atividades de gestão

    Instituições

    • São Paulo

      hospital israelita albert einstein

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