Resumo

A infecção pelo papilomavírus humano (HPV) é uma condição necessária ao desenvolvimento do câncer do colo do útero (CC), a terceira neoplasia mais comum em mulheres e uma das principais causas de morte por câncer em todo o mundo1. No Brasil, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a incidência do câncer do colo do útero é de 16.710 novos casos por 100 mil mulheres a cada ano, enquanto a mortalidade é de 6.385 por 100 mil mulheres por ano.

O tratamento do câncer do colo do útero sofreu uma grande mudança há cerca de duas décadas, quando vários ensaios clínicos de fase III relataram melhorias significativas nos resultados de sobrevida com a adição de quimioterapia concomitante à radioterapia definitiva. 

Referência:

  • 2023, INCA; Estimativa 2023.

  • Introdução

    Este projeto é um estudo piloto, que pretende analisar a efetividade do uso da quimioterapia fadjuvante para aumentar a sobrevida livre de progressão da doença em pacientes com câncer de colo de útero avançado. Caso o estudo demonstre resultados positivos, pretende-se pleitear a continuidade do projeto para incluir a amostra de 365 pacientes. 

    O conhecimento gerado possibilitará a utilização de um biomarcador preditivo (cfDNA-HPV) para seleção de pacientes com potencial benefício para o uso de quimioterapia adjuvante (medicina personalizada). A iniciativa poderá ser útil para a tomada de decisões de gestores para evitar a incorporação de tratamentos cujo valor econômico e efetividade sejam incertos para os sistemas de saúde. 

    Por fim, a condução do estudo permitirá o treinamento de centros para a aplicação adequada da terapia adjuvante proposta.

    Justificativa e relevância do projeto para o SUS

    Os benefícios para o SUS é a formação de uma rede de pesquisa oncológica, viabilizando o treinamento das equipes dos hospitais participantes. Tanto em boas práticas clínicas, quanto no protocolo do estudo, essa rede pode trazer oportunidades para futuras pesquisas, beneficiando usuários do SUS.

    Com esse estudo, pretende-se aumentar a taxa de cura da doença. De forma direta, irá beneficiar outras mulheres com câncer de colo de útero que venham a necessitar de tratamento no futuro, pois será determinada uma nova terapia e quando recomendá-la à paciente.  

     


    Métodos

    O fluxo do estudo prevê a triagem e recrutamento das pacientes elegíveis ainda no início do tratamento convencional para CC (padrão ouro na atualidade) em seu serviço de base, com consentimento para coleta de sangue para pesquisa de cfDNA HPV e armazenamento de parte do fragmento tumoral obtido para biópsia realizada ao diagnóstico no serviço, com criação de biorrepositório para avaliação do DNA-HPV tecidual. 

    Ao final do tratamento convencional no serviço de base (aproximadamente 12 semanas), aquelas com persistência viral serão randomizadas para o de teste da intervenção com QT adjuvante (duração média de 6 semanas). As participantes serão acompanhadas a cada 4 meses para avaliação dos desfechos, até novembro/2023. A amostragem será não-probabilística e por conveniência; considerando a natureza da proposta (estudo piloto).

     


    Equipe

    • Hcor

      Liderança

      .


      Equipe

      Colaboração

      Área Técnica

    Indicadores

    182
    Quantidade de atendimentos
    realizados
    116
    Quantidade de profissionais
    envolvidos em pesquisa
    152
    Quantidade de participantes
    envolvidos na pesquisa

    Instituições

    • Taubaté

      instituto do cancer brasil
    • São Paulo

      hospital santa marcelina sao paulo
      ibcc
      centro de referencia da saude da mulher sao paulo
      caism centro de atencao integral de saude da mulher campinas
      hospital do coracao
    • Jales

      hospital de amor jales
    • Muriaé

      hospital do cancer de muriae
    • Manaus

      hospital portugues
    • Cuiabá

      oncolog
    • Rio de Janeiro

      inca

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